quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Madrugada sem fim

A madrugada surge e os pensamentos voam
Uma discussão sobre princípios ferve
Mudanças, jogos, humanidade, ética, amor?
Volto a questionar os caminhos a percorrer.

A madrugada faz com que as horas corram
Descobrindo para que o feitiço serve
Tocar o terror, brincar, se desligar, ter pavor?
Egoísmo torna-se a fórmula para sobreviver.

A madrugada troca as prioridades e elas escoam
Como furacão de ilusões tornando-me verme
Rosas, fogos, guerras, dogmas, calor?
Riscos confusos só fazem sentido quando amanhecer.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Chuva desta primavera

Estive pensando na chuva que cai nesta primavera
Constante, calma, limpa
Fecho os olhos apenas para escutá-la
Melodia da noite, cria ritmo junto aos carros
A chuva esquiva a tristeza
A chuva é fria e diminui os anseios
Nada realmente importa, a não ser esse som
Às vezes isso torna-se tudo
E já não sinto mais os pés entre cacos de vidro
E já não me importo com as analogias de dor
Que outrora me invadia
Apenas há chuva
Sem objetivo, sem decepção, sem eu
Não há pessoas, não há corações
O mundo tornou-se gotas
Não olho mais pela janela
Porque a chuva tomou conta do meu ser