segunda-feira, 14 de março de 2011

Instante

(ao Diego Pontes)

Não quero mais que viver, meu amigo
Quero um teatro real e nenhuma plateia
Quero um barco sem mar
Quero mais que o possível vai realizar

Estou a caminho da sanidade, meu jovem
Direi adeus às minhas contradições
Vou correr a encontro do que é certo
E o certo nem sempre anda com o justo

Estou ouvindo aquela música, meu caro
Aquela que por dias sumiu do mundo
Que renasceu no secar de lágrimas
Essa música é a canção dos anjos... arcanjos da vida.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Hoje

Hoje as palavras estão amargas
As lágrimas, salgadas
O rosto está úmido
E a caneta, trêmula



Palavras são facões, são armas
Estou na cadeira elétrica hoje
Acusações e explicações são apenas palavras
E me deixaram entre a vida e a morte



Como pode um coração partido há tanto
Ainda ter sangue?
Como pode não perceber ainda
Que fracassar faz parte?



Fiz uma canção hoje
Ela tem notas de LÁstima
O tempo é perdido
A letra é como rosa e espinho



Hoje não amanheci
Hoje não sorri
Hoje não sobrevivi
Pelas palavras que não sou.