quarta-feira, 2 de março de 2011

Hoje

Hoje as palavras estão amargas
As lágrimas, salgadas
O rosto está úmido
E a caneta, trêmula



Palavras são facões, são armas
Estou na cadeira elétrica hoje
Acusações e explicações são apenas palavras
E me deixaram entre a vida e a morte



Como pode um coração partido há tanto
Ainda ter sangue?
Como pode não perceber ainda
Que fracassar faz parte?



Fiz uma canção hoje
Ela tem notas de LÁstima
O tempo é perdido
A letra é como rosa e espinho



Hoje não amanheci
Hoje não sorri
Hoje não sobrevivi
Pelas palavras que não sou.

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