Em plena escuridão, qualquer luz que me venha eu chamo de
Deus
Em um silêncio fúnebre, canto e oro e choro
Não me julgueis, pois não tenho vida exposta, não tenho
vida para amar
Só tenho um chão para deitar, ao som da minha própria voz
em um canto gregoriano
Tento achar as palavras que caberia para o momento
Mas esqueci o dicionário em casa, esqueci da minha casa
Meu escuro canto, vou me levantando
O escuro é triste, é quando escuto meu interior e nada
mais
Meu pobre coração já não expele frases, mas vomita
palavras soltas
Tem alguém aí? Me escutando? Tem algum Deus? Alguma luz?
Em plena escuridão, convivendo com minha própria voz
Só me resta chamar de vida todo o egocentrismo que sobrou
por aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário