terça-feira, 3 de julho de 2012

Momento sozinha


Em plena escuridão, qualquer luz que me venha eu chamo de Deus
Em um silêncio fúnebre, canto e oro e choro
Não me julgueis, pois não tenho vida exposta, não tenho vida para amar
Só tenho um chão para deitar, ao som da minha própria voz em um canto gregoriano

Tento achar as palavras que caberia para o momento
Mas esqueci o dicionário em casa, esqueci da minha casa
Meu escuro canto, vou me levantando
O escuro é triste, é quando escuto meu interior e nada mais

Meu pobre coração já não expele frases, mas vomita palavras soltas
Tem alguém aí? Me escutando? Tem algum Deus? Alguma luz?
Em plena escuridão, convivendo com minha própria voz
Só me resta chamar de vida todo o egocentrismo que sobrou por aqui

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