quarta-feira, 29 de maio de 2013

Anacrônica

Entre os quatro muros que separam minha vida da vida normal
Posso dizer-lhe sinceramente, anacronicamente, um pouco do romantismo
Posso passar adiante o que aprendi com as lágrimas mais salgadas
Ou como o mundo desilude as paixões.

Seja como for, não é aqui meu lugar...
À minha volta circulam pessoas estranhas e sem rumo
Flores caem sem explicação aparente, são belas, mas apenas belas
O romântico coração não tem chance de sobreviver, tão anacrônico.

Mundo árduo, falso, triste, nauseante
Não gosto daqui, não gosto desse tempo de hipocrisia delirante
Meu romantismo se afunda ao passo de nossa valsa
A rosa murchou e o farol abriu, amanhã compro outra.

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